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Exercício físico

A importância da prática de atividade física para idosos

O processo de envelhecimento está associado a alterações físicas, fisiológicas, psicológicas e sociais, bem como ao surgimento de doenças crônico-degenerativas advindas de hábitos de vida inadequados (tabagismo, ingestão alimentar incorreta, tipo de atividade laboral, ausência de atividade física regular), que se refletem na redução da capacidade para realização das atividades da vida diária. O declínio nos níveis de atividade física habitual para idoso contribui para a redução da aptidão funcional e a manifestação de diversas doenças, como consequência a perda da capacidade funcional. Neste sentido, tem sido enfatizada a importância da prática regular de exercícios como estratégia de prevenir as perdas nos componentes da aptidão funcional. A terceira idade é uma fase da vida em que a saúde das pessoas necessita de cuidados efetivos para garantir a sua qualidade de vida. Para as pessoas que passam pelo processo de envelhecimento, que acontece de forma lenta e gradativa, acrescentam-se, ainda, modificações biológicas e socioambientais que têm intensidades peculiares que variam de indivíduo para indivíduo. Nesse sentido, as atividades físicas podem ser aliadas a melhorias na qualidade de vida, ajudando pessoas da terceira idade a ganharem mais mobilidade e disposição. Para Carvalho (2016), uma das causas do envelhecimento é a diminuição da autonomia funcional, dando lugar a um processo de dependência. Nesta faixa etária o conceito de interdependência é colocado em segundo plano, uma vez que nesta fase o declínio biológico além de um estilo de vida inativo e alto grau de estresse, limita ou anula o controle das funções evolutivas.Para a Organização Mundial da Saúde (OMS, 2006), um dos componentes mais importantes para se ter uma boa saúde é o estilo de vida adotado pelas pessoas, o qual pode ser entendido como as ações realizadas pelo indivíduo no seu dia a dia. Essa mesma organização reconhece a prática de atividades físicas como um relevante meio de promoção da saúde e redução dos fatores de risco. A autonomia funcional na terceira idade tem sido bastante discutida nos últimos anos, esta abrange um comprometimento no desempenho das atividades físicas habituais, limitando a rotina diária, além de induzir o sedentarismo. Seguindo a evolução gradativa no decorrer do processo de envelhecimento, vale ressaltar que a resistência muscular está profundamente ligada a uma grande melhora nas funções neuromusculares, mantendo flexibilidade funcional antes comprometida, além de uma qualidade de vida satisfatória, permitindo ao indivíduo ser mais autônomo e ativo possível. Assim, a atividade física é vista como um fator bastante positivo para prevenir a fragilidade, tendo em vista o desenvolvimento da capacidade funcional, funções cognitivas e alívio dos estressores diários, estimula a auto eficiência dos indivíduos no quesito de obter uma vida saudável. Garantir hábitos saudáveis na terceira idade propicia não só uma compreensão, mas também uma melhor avaliação de suas dependências funcionais, sustentando o efeito positivo de um estilo de vida ativo que previna os efeitos contrários ao envelhecer (HARVEY et al., 2013).Porém, ao se refletir sobre as atividades físicas, precisa-se pensar além dos benefícios biopsicossociais proporcionados pela sua prática, como também, por exemplo, compreender as mudanças de comportamentos individuais e/ou coletivos para a adesão e manutenção dessas atividades. Essas só proporcionarão os devidos benefícios, se realizadas continua e corretamente. Sendo assim, tão importante quanto investigar os benefícios proporcionados por essas práticas, é compreender como quais são os benefícios fisiológicos que estas podem trazer aos idosos (ALBUQUERQUE et al, 2013). Mesmo com o envelhecimento as características físicas podem permanecer preservadas por meio da prática regular de atividades físicas, levando a um aumento da autonomia do idoso e consequentemente de sua qualidade de vida. Moraes et al. (2012) ressaltaram também em seu estudo as diferenças significativas nas relações sociais dos grupos estudados, demonstrando que as diversas atividades físicas realizadas em grupo contribuíram para um aumento no ciclo de amizades e na melhoria no convívio social dos idosos.No mesmo sentido, Nogueira et al. (2012) diz que a atividade física regular realmente facilita os contatos sociais e é vista como uma das formas mais eficazes na promoção de qualidade de vida em qualquer população. Da mesma maneira, Sguizzatto et al., (2006) afirmam que a atividade física regular e esportes de alta performance estão relacionados a uma melhor qualidade de vida em mulheres idosas.Para o idoso é essencial se envolver com atividades que faça-o sentir útil, dando uma sensação de prazer e felicidade na sociedade, já que assim, suas relações permitem troca de experiências com pessoas da mesma idade, sentimentos e troca de afetos e carinhos (MENDES et al., 2005).As adaptações cardiovasculares e metabólicas são um dos principais interesses nos exercícios aquáticos, uma vez que estão relacionados à prevenção de várias patologias, como doença arterial coronariana, hipertensão, acidente vascular cerebral, obesidade ou diabetes. Os mecanismos por trás das adaptações à aptidão aeróbica foram encontrados principalmente nos músculos esqueléticos periféricos, com aumento da diferença arterial-venosa, aumento da capitalização e maior atividade enzimática mitocondrial.Outra vantagem é que as atividades são realizadas em grupo levando a socialização e motivação mental e emocional (SPOSITO et al., 2016). A atividade física regular tem sido descrita como um excelente meio de atenuar a degeneração provocada pelo envelhecimento dentro dos vários domínios físico, psicológico e social. As alterações fisiológicas de perda da capacidade funcional ocorrem durante o envelhecimento em idades mais avançadas, comprometendo a saúde e a qualidade de vida do idoso e são agravadas pela falta de atividade física e consequentemente diminuição da taxa metabólica basal associada à manutenção ou ao aumento do aporte calórico, excedendo na maioria das vezes as necessidades calóricas diárias. Os benefícios da prática regular de exercícios físicos se manifestam sob todos os aspectos do organismo. Auxilia na melhora da força, do tônus muscular, flexibilidade, fortalecimento dos ossos e das articulações. Com relação à saúde física, se observa perda de peso e do percentual de gordura corporal, redução da pressão arterial em repouso, melhora do diabetes, diminuição do colesterol total e aumento do HDL-colesterol… Todos esses benefícios auxiliam na prevenção e no controle de doenças, sendo importantes para a redução da mortalidade associada a elas. O aumento da expectativa de vida

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Exercício físico

Um inimigo chamado sedentarismo

Segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) as doenças relacionadas ao sedentarismo matam 300 mil pessoas por ano, no Brasil. No mundo, esse número sobe para mais de 3 milhões de mortes anuais. Num artigo publicado em 1999 na Revista Brasileira de Medicina do Esporte, o prof. Tales de Carvalho já apontava “Sedentarismo, o inimigo público úmero um”. De lá para cá, o inimigo foi cada dia mais conhecido. Porém, ao contrário do que poderíamos prever, ele só fez crescer. Por isso, não adianta conhecer o inimigo, mas combater os fatores associados ao seu crescimento que segundo os principais artigos relacionados ao tema estão: (a) falta de tempo e (b) falta de interesse! O alto comportamento sedentário peculiar a pessoas obesas, acentua os prejuízos no sistema estrutural e fisiológico frente ao quadro de obesidade (ARRUDA et al., 2010). O excesso de peso e a obesidade favorecem o risco para doenças e complicações metabólicas e cardiovasculares como: doença coronariana, doenças isquêmicas do coração, acidente vascular cerebral, diabetes mellitus tipo 2, vários tipos de cânceres, dislipidemia, hipertensão arterial, resistência à insulina, e complicações no processo de coagulação. Para a Organização Mundial da Saúde (OMS, 2006), um dos componentes mais importantes para se ter uma boa saúde é o estilo de vida adotado pelas pessoas, o qual pode ser entendido como as ações realizadas pelo indivíduo no seu dia a dia. Essa mesma organização reconhece a prática de exercicios físicos como um relevante meio de promoção da saúde e redução dos fatores de risco. A prática regular de exercícios físicos além de ser fundamental, é o aspecto que exerce extrema importância na exposição e estimulação aos benefícios mais agudos e crônicos de sua prática. A inserção de uma rotina de exercícios físicos no estilo de vida traz resultados quase que imediatos para o emagrecimento, pois estes são visíveis em curto prazo (CIVINSKI et al., 2011). A Organização Mundial da Saúde (OMS, 2020) recomenda 300 minutos por semana de exercicio físico moderado e até uma hora de exercício por cinco dias ou 40 min por sete dias – ou que façam 150 minutos de atividade física intensa por semana, quando não tiveram contra indicação médica.

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